- Heitor Mendes, de 24 anos, morreu após ser atingido por dois tiros no Rio
- Festa junina terminou em caos com crianças pisoteadas e cinco pessoas baleadas
- Corregedoria investiga atuação do Bope com base em imagens corporais no Rio
Uma festa junina no Morro Santo Amaro, zona Sul do Rio de Janeiro, terminou com um jovem morto e cinco pessoas baleadas durante uma operação do Bope na madrugada deste sábado (7). O tiroteio causou pânico entre os participantes do evento cultural, incluindo crianças. A Corregedoria da Polícia Militar vai investigar o caso com base em imagens das câmeras corporais dos policiais.
O Que Aconteceu 3u26p
- Tiroteio durante festa junina: A tradicional festa junina na comunidade estava em andamento quando, por volta da madrugada, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) entraram no Morro Santo Amaro, alegando a presença de criminosos armados se preparando para enfrentar rivais.
- Polícia afirma que foi atacada: Segundo nota da Polícia Militar, os agentes foram atacados por traficantes e revidaram. O confronto ocorreu em meio ao evento junino, que já contava com a apresentação de quadrilhas convidadas. A quadrilha anfitriã se preparava para entrar quando os disparos começaram.
- Mortos e feridos: Heitor Guimarães Mendes, de 24 anos, que trabalhava como office boy, foi atingido por dois tiros e não resistiu aos ferimentos. Seu pai, Fernando Guimarães, lamentou a perda: “Do nada, a polícia chegou, teve uma troca de tiros e, infelizmente, eu tô aqui com a notícia que meu filho não sobreviveu.”

- Cinco feridos: Outras cinco pessoas foram baleadas e levadas ao hospital no centro do Rio. Entre elas, Emanuel da Silva Félix, de 16 anos, atingido nas costas após dançar na quadrilha, recebeu alta neste sábado com a bala ainda alojada. Um dos feridos permanece em estado grave.
- Cena de desespero: Cristiano Pereira, presidente do grupo junino Balão Dourado, descreveu o momento como um cenário de terror. “As crianças sendo pisoteadas pelas pessoas desesperadas, sem saber o que fazer. Foi a pior cena que eu vivi em 47 anos.”
- Investigação: As armas dos policiais foram recolhidas e a Corregedoria da Polícia Militar vai analisar as imagens das câmeras corporais para apurar as circunstâncias do tiroteio. Ainda não se sabe se os disparos que atingiram os civis partiram da polícia ou de criminosos.