- Tatiana usou celular por mais de 40 dias dentro do QCG, aponta Polícia Federal
- Vereadora fez chamadas de vídeo com o companheiro preso em Belo Horizonte
- Mais de 1.500 mensagens foram trocadas entre abril e maio, aponta a PF
A vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa desde abril sob acusação de corrupção eleitoral e organização criminosa, fez chamadas de vídeo com o namorado também preso, Alandilson Cardoso, segundo relatório da Polícia Federal. O celular foi utilizado dentro do Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar, em Teresina.
O Que Aconteceu 3u26p
- Chamadas com companheiro preso: Capturas de tela extraídas do celular de Tatiana, apreendido no QCG, indicam que a vereadora fez ao menos três videochamadas com Alandilson Cardoso, seu namorado e também investigado por corrupção eleitoral. Alandilson está preso desde novembro de 2024 em Belo Horizonte (MG).
- Uso prolongado do celular na prisão: Segundo a Polícia Federal, o aparelho foi usado pela parlamentar entre os dias 7 de abril e 20 de maio, mesmo após o aparelho ter sido entregue inicialmente a um advogado. Durante esse período, mais de 1.500 mensagens foram trocadas, incluindo ligações de áudio e conversas com um de seus advogados, que também é tio da vereadora.
- Compras e buscas na internet: Tatiana realizou um pedido de compras superior a R$ 500 em um supermercado de Teresina, com entrega em local não identificado. Também pesquisou agens aéreas de Belo Horizonte para Teresina, com data para o dia 27 de maio, o que reforça a ligação com o companheiro preso.

- Investigação não identificou como celular retornou: O relatório da Polícia Federal não esclarece como o celular voltou às mãos da parlamentar dentro da Sala de Estado Maior do QCG.

- Prisão domiciliar: A vereadora teve a prisão convertida em domiciliar pela Justiça Eleitoral de Teresina na última terça-feira (3). Ela deverá cumprir restrições impostas pela Justiça. Monitoramento eletrônico com tornozeleira; Recolhimento domiciliar integral, com exceção para urgências médicas e consultas previamente autorizadas; Proibição de ar internet, redes sociais e sistemas de órgãos públicos; Afastamento do cargo de vereadora, enquanto durar o processo; Proibição de manter contato com servidores e frequentar a Câmara Municipal de Teresina.